Quem já esteve em Cuba, não pôde deixar de ficar indiferente aos ídolos daquele país! Não, não vou falar de Fidel Castro e dos seus longos discursos sobre solidariedade. Quero apenas aqui deixar uma mensagem, aos que visitaram Cuba, e que foram constantemente assediados por uma figura com barba sem nada saber sobre ela.
Então de uma forma breve e simplista, Che Guevara nasceu no dia 14 de junho de 1928 na cidade de Rosário, Argentina. Desde pequeno que sofre de ataques de asma.
Em 1945 mudou-se com a família para Buenos Aires onde se matriculou na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires.
Durante 1952, realiza uma longa jornada pela América Latina, junto com seu amigo Alberto Granado, percorrendo o sul da Argentina, o Chile, o Perú, a Colômbia e a Venezuela. O meio de transporte? La Poderosa, uma velha moto Norton 500cc.
Durante a viagem analisaram com um olhar crítico tudo o que observaram. Ernesto regressa depois à capital de Argentina decidido a terminar o curso e no dia 12 de julho de 1953 recebe o título de médico.
Foi então que, numa segunda viagem pela América Latina ao visitar as minas de cobre, as povoações indígenas e os leprosos, "Che" (alcunha pelo seu sotaque argentino) demonstra o seu profundo humanismo. É aqui que começa a surgir um revolucionário e um anti-imperialista. Em Guatemala conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce a sua primeira filha, Hilda Beatriz, nasceu na cidade do México a 15 de Fevereiro de 1956.
Em 1954, viaja com destino ao México onde se une a Fidel Castro, líder dos revolucionários cubanos. O objectivo? Acabar com as injustiças sociais na América Latina!
No final dos anos 50, Che acompanha os guerrelheiros cubanos, primeiro como médico e depois como líder do exército revolucionário e em Dezembro de 1958, o regime do ditador Fulgencio Batista é desmantelado.
Após a vitória da revolução, Che é o "braço direito" de Fidel Castro na constituição de um novo governo. É nomeado Ministro da Indústria e posteriormente Presidente do Banco Nacional.
Em 1959 casa-se, uma segunda vez, com Aleida March de la Torre, com quem teve mais quatro filhos.
Che Guevara esteve ainda em vários países africanos, principalmente no Congo. Foi aí que lutou junto com os revolucionários antibelgas, levando consigo um exército de 120 cubanos. Depois de muitas batalhas, terminaram derrotados. Foi no outono de 1965 que Che pediu a Fidel Castro que retirasse a ajuda cubana.
A partir desse momento o Revolucionário argentino deixou de aparecer em actividades públicas. No entanto, em 1966 junto de Fidel, prepara uma missão em Bolívia, assumindo a posição de líder dos mineiros e camponeses. Contudo, essa missão foi um fracasso, pois resultou na sua captura e morte em 9 de Outubro de 1967.
Em 1997 seus restos mortais foram descobertos numa vala comum na cidade de Vallegrande, a uma distância de 50 Km onde foi assassinado. O seu esqueleto estava sem mãos, e segundo é divulgado em relatos não oficiais, teriam sido amputadas para o reconhecimento de sua identidade logo após a sua execução. Os restos mortais do revolucionário foram transferidos para Cuba. No dia 17 de Outubro de 1997 são enterrados com homenagem de Estado na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.
A imagem do Che é conhecida por toda a América Latina. No local onde foi assassinado ergue-se uma estátua em sua homenagem. Os restos do Che encontram-se no mausoléu da Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara, Cuba.
Frases de Che:
"Nasci na Argentina; não é um segredo para ninguém. Sou cubano e também sou argentino e, se não se ofendem as ilustríssimas senhorias da América Latina, me sinto tão patriota da América Latina, de qualquer país da América Latina, que no momento em que fosse necessário, estaria disposto a entregar a minha vida pela libertação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada para ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém." (11 de Dezembro de 1964).
"O verdadeiro Revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor."
"Os poderosos podem matar uma, duas ou até três rosas, mas jamais poderão deter a primavera.”
"E fui confrontado com o dilema de me dedicar à medicina ou ao meu dever como um soldado revolucionário. Tinha à minha frente uma mochila cheia de medicamentos e uma pasta com munições, as duas eram demasiado pesadas para carregar juntas. Peguei nas munições e deixei a mochila para trás."
"Hasta la Vitória siempre!"
Ao povo cubano, que mesmo depois de alcançada a liberdade, nunca deixaram de acreditar num mundo melhor!
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